Passeando pelo
mundo a gente conhece mais gente, lugares, coisas, culturas, formas de viver. O
passeio dito aqui não é o simples sair andando por aí, como um errante
desordenado, mas um passeio da alma em encontro com outras almas. Refere-se ao
passeio da aprendizagem contínua, renovada e reciclada. Este passear é um verbo
diferenciado, porque como já foi dito, não é apenas sair caminhando, viajando,
conhecendo sem haver entrega. Para o passeio no caminho da aprendizagem é
imprescindível entregar-se, atirar-se em direção ao conhecer.
Existem
pessoas que colecionam fotos de lugares visitados, de pessoas conhecidas, de
viagens caras, mas que não existiu nenhuma entrega, nenhuma troca de energia
verdadeira em todos estes caminhos. As coisas simplesmente podem apenas ter
passado, ficaram fotos, registros mecânicos, mas poucos registros emocionais. Também
tem aqueles que pouco viajaram, que pouco conheceram de lugares incríveis a
nível turístico, mas que fizeram viagens fantásticas em cada encontro que
tiveram na vida. Essas pessoas sabem se entregar ao divino que é cada encontro.
Souberam valorizar cada vivência, extraindo o máximo de cada resquício ou
inundação que passaram. São as que aprendem mesmo; aquelas que não têm medo de
ir ao encontro sem saber o que vem por aí. Passeiam no mundo, nas pessoas, nos
livros, nos filmes, simplesmente elas passeiam de verdade, genuinamente. Dão
valor a cada pessoa que conhecem, sabem reconhecer a riqueza de cada uma, pois
se entregam e sabem que cada momento pode ser único e final.
Em
contrapartida, existem outros tipos de seres humanos que invalidam o seu próprio
processo de aprendizagem. São resistentes a entrega, colecionam coisas
materiais, até mesmo possuem boas estruturas intelectuais, mas pouco caminharam
nessa trajetória do aprender. O processo de adquirir conhecimento nem sempre
vem dos livros ou das inúmeras teorias, ideologias e filosofias. O aprender vem
da necessidade de se saber, de se entregar a cada sensação e experiência, de valorizar
pequenas coisas e pequenos vôos. É um processo contínuo e cansativo, onde se
erra e se recupera o fôlego.
O homem que
aprende é aquele que possui algumas cicatrizes, sejam físicas, sejam da alma.
Foi aquele homem que soube dar bons passeios e que ainda quer e não teme em caminhar
mais. Ninguém falou que a história da vida seria fácil. Se para o mundo se constituir mundo foi
necessário um “Big Bang”, segundo teorias evolucionistas, para se constituir
enquanto ser humano, não há problema em vivenciar algumas explosões internas em
cada caminhada. O importante é seguir passeando...
é tão bom seguir passeando... mesmo que as vezes pareça ser apenas o que resta... sendo que neste apenas, podem vir muitas coisas boas!! muito bom Bel! beijo no coração... Aloha!
ResponderExcluirObrigada pelo comentário, legal que compreendeiu a idéia...
ResponderExcluirFantástico Bel! São poucas as pessoas que tem o privilégio de ter essa sua percepção.
ResponderExcluirBeijos!
Oi Risada!!!! Agora que vi o seu comentário aqui. Acredito que o que escrevo perpassa muito pela esfera do afeto... A percepção dos fatos sempre está somada a isso. O estilo da escrita sempre estará em desenvolvimento... Muito bom ter acesso aos seus comentários! Um grande beijo e muito amor em sua vida! ;***
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